sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Principais Topologia de Redes Industriais



As Redes de comunicação são usadas para transportes de informações, o meio físico são os condutores ou mesmo onda de rádios. Dentre os fatores que determinarão a escolha da rede estão: distância entre as estações, velocidade de transferência, atenuação do sinal, imunidade a fatores externos. A topologia é o modo com que os computadores das redes são conectados entre si.

Nesse trabalho iremos abordar a topologia ou a forma que o enlace físico e os nós de comunicação estão organizados, as principais são três: Barramento, Estrela e Anel.

1. Topologia em Barramento – nessa estrutura todos os dispositivos são conectados a uma linha de dados, chamada barramento ou (backbone) ou espinha dorsal, ao longo do qual as informações são disponibilizadas. Esse tipo de rede vem caindo em desuso devido a serias limitações de desempenho, como por exemplo, caso ocorra interrupção em algum ponto da rede, toda ela torna-se inoperante além de demorada e cara manutenção.

Um barramento com ramos é denominado árvore;

                                                    Topologia em Barramento.
          
                                                      Topologia em Barramento (Árvore)

2. Topologia em Estrela – nesse tipo de estrutura toda a informação é canalizada através de um nó central, que pode ser um Hub, um Switch, computador ou CLP de processo, se encarregando de distribuir os sinais entre os demais micros. De fácil manutenção, pode ser rápida e simples, sendo que existindo um problema em segmento, apenas ele fica inoperante, e se toda a rede ficar inoperante, o problema está provavelmente no concentrador.

                 
                                                       Topologia em Estrela

3. Topologia em Anel – Nessa estrutura não há controle centralizado. Cada dispositivo assume o papel de controlador em intervalos estritamente pré-determinados. Qualquer problema em um dos equipamentos pode ser suficiente para interromper a comunicação na rede, expansibilidade teoricamente eliminada.
                          
                                                    Topologia em Anel


Referências Bibliográficas
Redes Industriais, Senai, Sistema Fiesc, SC.
Oliveira, Vladimir Bezerra, Curso montagem de rede de computadores.
Knihs, Valter Luiz; Dallagnolo, Gean Carlo; Pradi, Giovane Marcelo, Redes de Comunicação para Automação Industrial, Weg em Revista, Maio – Junho, 2000.

Redes de Campo
Tendências em Redes Industriais

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Turbinas hidrocinéticas como meio de gerar energia alternativa

Energia Alternativa - Turbinas Hidrocinéticas


O Brasil é dotado de uma vasta e densa rede hidrográfica, com grande potencial hidroelétrico, sendo a região amazônica a que possui a maior bacia hidrográfica do planeta, no entanto, os rios são de planície não sendo muito atraente a construção de grandes hidrelétricas. Em vista ao contesto da região com grande quantidade de comunidades isoladas (a maior dispersão populacional do Brasil), e a grandes adversidades naturais no qual não permite o atendimento por completo de linhas elétricas, a adoção de sistemas isolados é a realidade atualmente.

A grande maioria dos sistemas isolados da região é atendida por termoelétricas. As Usinas são dotadas de grupos motores-geradores que queimam Diesel, esse combustível é subsidiado por todos os consumidores do país.

Com uma região tão vasta e tão rica em recursos continua utilizando combustível fóssil para a geração de energia? Muitos estudiosos pesquisam alternativas para responder essa questão e contorná-la, uma das alternativas em estudo será descrito nesse trabalho: a utilização da energia hidrocinética dos rios.

As primeiras pesquisas datam da década de 80, o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), desenvolveu um aparelho rudimentar utilizando um rotor submerso, seguindo os princípios do cata-vento, conseguiu-se por meio de transmissão de uma corrente acionar uma unidade eletro-gerador, conseguindo 1 kW em 110 V e 60 Hz, instalada em uma unidade flutuadora no rio Solimões. O projeto no entanto ficou parado, mas o INPA não desistiu da ideia e realizou pesquisa em vários rios da Amazônia em busca das melhores condições de instalação do equipamento, verificou-se que o rio Amazonas e Solimões apresenta correnteza e profundidade bem adequada em toda sua extensão porém isso ocorre longe da margem, outro problema é a grande quantidade de detritos, sendo muito problemático sua manutenção.


Desenho ilustrativo do cata-água do Inpa.

Nos rios de águas escuras verificou-se pouco potencial, na maioria de suas extensões a correnteza é pequena. Mais foi em um rio de água escura, o rio Uatumã, que o INPA, testou vários modelos hidrocinéticos, chegando ao cata-água que produziu 177 W em uma correnteza de 1,07 m/s, para  uma turbina com diâmetro de 1,5 m. Esses experimentos do INPA contribuíram para que uma equipe ligada a Universidade de Brasília desenvolvesse uma turbina de maior porte, a primeira turbina desenvolvida pela Universidade em 1995, foi instalada em Correntina, Bahia, produzindo 0,8 kW, em 220 V.

Turbina de Primeira Geração.

A segunda turbina hidrocinética como meio de gerar energia alternativa ou comumente chamada de turbina de segunda geração foi instalada num assentamento extrativista em Maracá, no Amapá, com capacidade de geração de 1,5 kW, sendo o custo um dos maiores empecilhos.

Turbina de terceira geração.

Novos projetos estão sendo desenvolvidos para solucionar os problemas encontrados, a UnB surge então com a turbina de terceira geração, mais compacta, o intuito é colocá-la como produto tecnológico no mercado.


Turbina Terceira Geração.

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos apontam para a utilização de turbinas tipo helicoidal, com maiores rendimentos e menores vibração, seu rendimento pode ser de até 35%, é fabricada em alumínio e revestida com uma camada de material anti-aderente, capaz de gerar até 5 kW.

Turbina Helicoidal (Gorlov).

Fato é que com a universalização da energia elétrica não consegui atingir todo mundo, principalmente comunidades isoladas, em especial na Amazônia, e a utilização dessa tecnologia como meio de gerar energia alternativa vem ao encontro social de levar a aquelas pessoas desassistida por eletrificação convencional, uma alternativa de ter a energia necessária ao seu bem estar.


Neto, Augusto J. Leda, Turbinas Hidrocinéticas.
augusto.leda@gmail.com




Referências Bibliografias.
Harwood, Henrique Jonh H., Macedo, Humberto. Geradores Hidrocinéticos de Pequeno Porte (Cata-Água): Testes de Desempenho na Amazônia Central. T&C Amazônia, Ano III, n 6, 2005.
Brasil Junior, Antonio C.P., Ferreira, Wandyr O. . Desenvolvimento tecnológico da turbina hidrocinética G3. SP. Inovatec 2007.


Energia Eólica




quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Quais linguagens são usada para a Programação em CLPs.


Programação de CLPs.

 O IEC (International Electrotechinal Commitee), responsável pela padronização da linguagem de programação estabeleceu quatro tipos básicos de linguagem de programação e que são normalmente encontrados em CLPs.
A programação traduz a função a ser executada, portanto, deve ser o mais simples possível. São constituídas de conjuntos de símbolos, comandos, blocos, etc, com regras de sintaxe.
Assim, as principais linguagens de programação utilizadas em CLP são: Texto Estrutural, Lista de Instrução, Diagrama de Blocos Funcionais, Diagrama Ladder.

1. Texto Estruturado – É uma linguagem de alto nível, contém todos os elementos essenciais de uma linguagem de programação moderna, a semântica e a sintaxe é definida por normas. Nesse tipo de programação as funções são executadas conforme a sequência de eventos, oferecendo ainda a possibilidade de utilização de sub-rotina.

 
                                 SUM := 0 ;
                                 FOR I := 1 TO 3 DO
                                 FOR J := 1 TO 2 DO
                                 IF FLAG THEN EXIT ;
                                 END_IF
                                SUM :- SUM + J
                                END_FOR ;
                                SUM := SUM + i ;
                                END_FOR :

2. Lista de Instrução – Uma lista de instrução é composta de uma seqüência de instrução padronizadas correspondentes a função. Cada instrução deve começar em uma nova linha e deve conter um operador como modificadores opcionais. Assemelha-se a linguagem Assembler.
         .......
                  0001 STR                           X001
                  0002 OR                            X002
                  0003 AND    NOT             X003
                   0004 AND    NOT             C020
                  0005 OUT                         C001
                   0006 STR                          C001
                   0007 TMR    V001           V002
                   0008 OUT                         C050
        ........

3. Diagrama de Bloco Funcionais – É uma forma gráfica de representação de instruções ou comandos que devem ser executados. Representa uma linguagem descritiva. É muito comum na indústria de processo. Assemelha-se à representação de um sistema em termos de fluxo de sinal entre os elementos de processamento.
  4. Diagrama Ladder – É baseada na representação gráfica de lógica de relé, tem forma de escada de componentes e conexões de um circuito elétrico, é a mais popular linguagem de programação para controladores. E composto basicamente de instruções de entrada e instruções de saída. Também é chamado de diagrama elementar ou diagrama de linha.
As vantagens e desvantagens de cada uma das formas de linguagem de programação são dependentes do conhecimento do programador.

 Neto, Augusto J. Leda 
augusto.leda@gmail.com
Programação do CLPs.

Referências Bibliográficas

Automação de Processos Industriais – Módulo 3 – WEG INDUSTRIAS LTDA.
Araújo, Denis Hipólito - Controladores Lógicos Programáveis, IDAAM- GF, 2007.
Filho, Bernardo Severo da Silva - Curso de Controladores Lógicos Programáveis, UERJ.




segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Redução de custos na utilização racional de água e energia elétrica.

Redução de Custos - Gestão de Recursos



    Em tempo de crise financeira, a cautela toma conta de investidores, o receio de gastar fica evidente, escassez de crédito, indícios de aumento da inflação, aumentos de presos dos importados, coloca as pessoas em alerta. É necessário, portanto criar cultura de economia, não apenas por mera formalidade de conseguir economizar algum dinheiro no final do mês, é parte de um processo que o meio ambiente esta aclamando, pedindo socorro. Com isso temos que adquirir novos hábitos, menos agressivos ao nosso bolso e ao nosso planeta, alguns desses que demonstraremos a seguir.

  1. Racionalização na utilização da Energia Elétrica.

 Indispensável atualmente para nossa comodidade, é motivo de grandes discussões, desde a implantação de uma geradora quanto, à eficiência dos aparelhos domésticos que encontramos no mercado.
    
Toda intervenção para geração de energia elétrica causa algum impacto ao meio ambiente, uns menos outros mais, por isso é tão importante a racionalização da utilização da energia elétrica em nossa residência. O uso consciente pode além de trazer benefícios ao meio ambiente faz um bem enorme ao nosso bolso.

No momento em que passamos, a crise hídrica, com os níveis dos reservatórios em baixa, e o aumento na conta de energia, pela manutenção da bandeira tarifária em vermelha no segundo patamar, é se suma importância a conscientização para o consumo.

Quando economizamos energia nos estamos retirando uma pressão do sistema, que é a geração, quanto menos desperdiçarmos, menor a quantidade necessária de produção, evitamos assim a construção de uma nova barragem de uma hidroelétrica ou a despacho ou instalação de uma termoelétrica que queima combustíveis fósseis, emitindo gazes poluentes a atmosfera, podendo o governo investir este dinheiro em outros projetos de desenvolvimento, com isso a conscientização para utilização coerente da eletricidade é uma necessidade.

1.1 Meios para diminuir o desperdício de energia.

a) Utilizando aparelhos mais eficazes - A energia elétrica que chega em nossa residência para utilização em nossos aparelhos domésticos, são fontes das mais diversos meios de transformação. Quando chega em nossa casa ela é transformada novamente em energia térmica, mecânica, magnética, etc. Os aparelhos que os utilizam estão sofrendo modificações para que possa trabalhar de modo mais eficaz, reduzindo assim desperdícios e aumentando a eficiência energética.

Os fabricantes de aparelhos domésticos que buscam maior eficiência, são agraciados com um selo da CONPET, concedidos anualmente por ensaios laboratoriais realizados pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), e divulgado pelo Inmetro. Os aparelhos recebem um selo que vai do conceito “A” mais eficiente ao “E” menos eficiente. Portanto ao adquirir um eletrodoméstico, é bom levar em consideração a etiqueta e procurar um que seja mais eficiente.

Devem-se adotar também outros cuidados ao adquirir um refrigerador com selo de eficiência, ele não garante o melhor rendimento do aparelho, é necessário, portanto tomar alguns cuidados com o local de instalação, seguir todas as orientações colocadas no manual de instalação, tais como: as distâncias das paredes e o equipamento, evitar colocar roupas atrás do aparelho para secar, proximidade de fontes de calor, como fogão, janelas onde penetre raios solares, de preferência instalar em ambientes refrigerados, não colocar alimentos quentes dentro do refrigerados, ficar o mínimo de tempo com a porta do aparelho aberta, evitando forçar o motor. O equipamento age também para retirar a umidade do ar do interior do aparelho, portanto deve-se evitar colocar líquidos destampados, não deixar a porta aberta por muito tempo, desgelando conforme a necessidade, ajustar o termostato de acordo com a necessidade. Outro cuidado não menos importante é adequar o tamanho da geladeira de acordo com a necessidade da família, quanto maior o aparelho maior o consumo de energia.
    
A utilização de novas tecnologias na fabricação dos equipamentos garante maior eficiência, reduzindo o consumo nos lares. Economia na conta de energia, depende também dos bons hábitos a serem adotados.

Um vilão de consumo de energia é o aparelho de ar-condicionado, portanto deve-se dimensionar adequadamente o aparelho para o ambiente que ele irá refrigerar, regulando a temperatura de acordo com a necessidade. O aparelho, para maior rendimento, deve ser instalado em locais onde não incida raios solares e locais altos que possibilitem maior circulação do ar no interior do ambiente. O local deve estar bem fechado, janelas deve haver cortinas, para evitar incidência de calor, portas devem estar bem fechadas para evitar a fuga do ar gelado. A manutenção periódica é necessária, filtros de ar devem estar sempre limpos, permitindo uma boa circulação do ar, assim evitando forçar o motor a trabalhar mais. Evite deixar o condicionador de ar ligado ao ausentar-se durante tempo prolongado.

Utilização de lâmpadas mais eficientes - Uma lâmpada acesa em uma sala sem ninguém também é um desperdício, e se ela for uma lâmpada incandescente o desperdício pode ser maior, pois a sua eficiência é de apenas 8%, isso quer dizer que 92% e transmitido ao meio ambiente em forma de calor. Uma sugestão é ao sair de qualquer ambiente e desligar as lâmpadas, outro e trocá-las por lâmpadas mais eficientes. Uma lâmpada fluorescente compacta, que produz a mesma iluminação, tem eficiência da ordem de 32%, apesar de ser mais cara que a incandescente, a sua vida útil e bem maior, que garante portanto o investimento inicial, e um retorno econômico.
   
Vamos ver agora o quanto podemos economizar com esse novo hábito, sem perder conforto.
   
Por exemplo, em uma residência que possui 15 lâmpadas incandescente de 60 W, ficando acesas em média 10 h/dia, temos no mês com 30 dias o consumo de (15x60x10x30)= 270 kWh, sendo o valor do kWh igual a R$ 0,365, teremos na conta o valor de iluminação igual a R$ 98,55 mensais. Se utilizássemos a lâmpada fluorescente compacta de 15 W com as mesmas configurações teríamos (15x15x10x30)= 67,5kWh, correspondendo a R$ 24,63 por mês. Podemos verificar no simples exemplo que podemos economizar bastante apenas trocando as lâmpadas, uma economia de R$ 73,92 mensais, aproximadamente 75% de redução.
    
b) Utilização da iluminação natural - Medidas simples pode fazer uma grande diferença no orçamento do mês, você já teve dois exemplos, outras podem ser mais complexas ou precise de maior investimento, mais não deixa de ser uma maneira de ter uma conta de energia compatível com orçamento. Sua casa pode utilizar para iluminação diurna apenas e energia solar, fornecida de graça ao sol, uma medida é possuir janelas amplas que permitam maior aproveitamento, utilização de telhado translúcidos, outra maneira é a utilização de cores claras que evitam a absorção da luz, refletindo melhor ao meio ambiente, permitindo maior luminosidade, assim diminuindo a necessidade da utilização de iluminação artificial durante o dia.

c) Outros cuidados não menos importantes.

  • A revisão no circuito elétrico também é necessário, bitolas de fios inadequados, emendas mal feitas, mal isoladas, podem ocorrer em fugas de corrente, desperdiçando a energia, portando deve-se ser verificado periodicamente. Uma boa instalação elétrica pode evitar grande dor de cabeça, portanto, contratar profissionais qualificados para fazer as instalações.
  • A utilização de chuveiro elétrico apenas quando necessário, habitue-se a utilizá-lo de forma racional, não há necessidade a utilização durante o verão, e durante o inverno reduzir o termostato para um ponto ideal (verão). Há projetos que utilizam a energia solar para o aquecimento da água, sendo bastante difundido atualmente, e um meio de aproveitar um meio racional para o aquecimento da água.
  •  Aparelhos elétricos e eletrônicos, mesmo em standy-by, tendem a consumir energia estando ligado à tomada, portanto, habitue-se a desligá-lo a fonte, desconectando o aparelho da toada, esta prática pode reduzir seu consumo.
  • O ferro de passar roupa é um aparelho elétrico que gasta muita energia, há alguns hábitos que otimizam a sua utilização. Uma delas e o acumulo de roupas em uma quantidade razoável e passá-la de uma só vez, e reduzindo assim a utilização do ferro durante o mês, iniciando com as roupas mais leves, que necessitam de menos calor, assim possibilitando a utilização adequada para cada tipo de roupa, perceberá a redução do consumo.

2. Racionalização na utilização da Água.

 Não menos preocupante é a utilização da água, em alguns pontos do planeta já e percebido a sua escassez. A utilização racional é uma necessidade, além de uma questão de meio ambiente, a implantação de medidas, e mudanças de alguns hábitos, podem reduzir o consumo de água e o valor da conta no fim do mês.
    
Um grande vilão do consumo de água é o sanitário, a cada descarga jogamos fora uma quantidade de água tratada própria para o consumo direto para o esgoto, então buscar caixas de descargas mais econômicas é uma maneira de reduzir este desperdício, que sai um pouco caro, portanto e possível a racionalização deste recurso, seguindo algumas medidas: a reutilização de água, utilização de captadores de água da chuva, controle de vazamento, etc.
    
O banho é um outro grande consumidor de água, tem que haver bom senso na sua utilização do chuveiro, e a adoção de hábitos que possibilitem a redução, como: não demorar muito no banho, utilizar uma pressão de água adequada, desligar quando não estiver utilizando, se ensaboando, pode fazer grande diferença, assim como durante a escovação de dentes, durante o barbear.
    
Deve-se se verificada sempre a vedação de torneiras, uma torneira pingando pode significar muito no consumo final de mês.

Lavar carro, calçadas são fontes de desperdício de água, muito se vê a utilização sem ponderação e educação, sendo desperdiçadas durante esses atos, esta água potável utilizadas para estes fins custam caros a cofres públicos, a ao meio ambiente.

O meio ambiente vem sofrendo cada vez mais com a pressão da humanidade sobre os recursos naturais, que é finito, e podemos perceber atualmente sua degradação, a utilização desses recursos de modo racional é o mínimo que podemos fazer, trata de um bem para a natureza assim como para o nosso bolso, portanto, racionalize, economize, reduza o valor de contas de energia, de água, e bom para todo mundo.

PLANEJAMENTO E GESTÃO DA MANUTENÇÃO - Parte I
Gestão da Qualidade – O método 5 S.
Internet no Brasil
Gestão de pessoas - Complexidade da formação de um banco de talentos.

Leda Neto, Augusto J. 
Gestão Ambiental - Redução de Custos

Compressores Industriais



           augusto.leda@gmail.com

      


   NETO, Augusto J. Leda. PRINCIPAIS TIPOS DE COMPRESSORES UTILIZADOS NAS INDÚSTRIAS: vantagens e desvantagens das aplicações.


RESUMO - Temos aqui o objetivo de apresentar os tipos de compressores utilizados na indústria, as suas vantagens e desvantagens, tendo em vista a evolução tecnológica, seus princípios de funcionamento e a correlação das aplicações.

Palavras Chaves: Compressores, vantagens, desvantagens.




1 - INTRODUÇÃO.


O ar assim como todos gases, têm a propriedade de ocupar todos o volume de qualquer recipiente, a compresividade é uma das propriedades que utilizamos para armazenar em um recipiente grande quantidade de ar. A utilização de ar comprimido nas indústrias é muito difundida, possui baixo custo, possui facilidades de implementação, manipulação. Certos trabalhos requerem uma quantidade de ar para realização de trabalho, para isso é necessária à utilização de equipamentos que garantam o fornecimento desse ar. Esses equipamentos são chamados compressores.
Compressores são máquinas ou equipamentos responsáveis por admitir ou sugar o ar da atmosfera, comprimi-lo e enviá-lo para um reservatório de armazenamento.
O compressor de ar é o componente básico de qualquer sistema pneumático. O ar é comprimido, sendo puxado, empurrado, assim realizando trabalho ou desenvolver potência. Quando o ar atmosférico entra no compressor, é comprimido pela máquina a uma pressão maior e descarregado então em um sistema de tubos. O ar comprimido pode ser usado para impulsionar motores a ar, martelos pneumáticos, ferramentas, e outros dispositivos a ar.



2 - COMPRESSORES DE AR


Definição - Compressores são máquinas destinadas a elevar a pressão de um certo volume de ar admitido nas condições atmosféricas, até uma determinada pressão exigida na execução dos trabalhos dos atuadores pneumáticos, Santos (2006)
Para Sarkis (2002), define compressores como máquinas destinadas a aumentar a pressão de um gás com a finalidade de fazê-lo fluir entre dois pontos quaisquer. A elevação da pressão pode chegar desde 1 atm até milhares de atmosferas.
Segundo Sarkis (2002), os compressores possui uma grande variação das características físicas, são classificados quanto a sua aplicação em:
 Compressores Industriais – são aqueles que se destinam a produzir e suprir com carga de ar os pontos de utilização de ar na unidade industrial.
 Compressores Ordinários - são de baixo custo, empregados normalmente em serviços de pintura, acionamento de pequenas máquinas pneumáticas.
 Compressores de Processo – são utilizados em algumas condições de operação, como por exemplo o soprador de ar do forno de craqueamento catalítico das refinarias de petróleo.
Compressores de Refrigeração – são de uso exclusivo para sistemas que operam com fluidos refrigerantes.
Compressores de Vácuo – são também chamados de bombas de vácuo, operam em condições características próprias.



3. TIPOS DE COMPRESSORES


Segundo os princípios de trabalho podemos classificar os compressores em: Deslocamento Positivo e Deslocamento Dinâmico.

3.1 Deslocamento Positivo (Volumétrico) - Baseia-se fundamentalmente na redução de volume. O ar é admitido em uma câmara isolada do meio exterior, onde seu volume é gradualmente diminuído, processando-se a compressão.

São classificados em:
  • Alternativos

1. Pistão .
a) Simples Efeito.
b) Duplo Efeito.
2. Diafragma.
a) Alternativo de Membrana.

  •  Rotativo

1. Parafuso
2. Palheta
3. Lóbulo

Compressores Deslocamento positivo.

Os compressores de deslocamento positivo cedem a energia ao gás sob forma de pressão pela atuação de um órgão móvel.

3.1.1 Compressores Alternativos de Pistão Simples Efeito – Nesse compressor o pistão com movimento descendente aspira o ar por meio da válvula de admissão, preenchendo o cilindro, este ar com o movimento de subida do pistão e comprimido e descarregado para o sistema. Para projetos que requer maior pressão são necessários compressores como maior número de estágios.


Fig.1 Compressores Alternativos de pistão (efeito simples e dois estágios).

3.1.2 Compressores Alternativos de Pistão Duplo Efeito – Esse tipo de compressor, o êmbolo efetua o movimento descendente e o ar é admitido na câmara superior, enquanto que o ar contido na câmara inferior é comprimido e expelido. Procedendo-se o movimento oposto, a câmara que havia efetuado a admissão do ar realiza a sua compressão e a que havia comprimido efetua a admissão.

Fig.2 Compressor Alternativo de Pistão de Duplo Efeito.

Vantagem- Pode alcançar altas pressões de trabalho, requer mínima manutenção.
Desvantagem – Possui pequena capacidade em termos de vazão de gás.


3.1.3 Compressor Alternativo de Membrana (diafragma)

Este tipo pertence ao grupo de compressores de pistão. Mediante uma membrana, o pistão fica separado da câmara de sucção e compressão, quer dizer, o ar não terá contato com as partes deslizantes. Este ar , portanto, ficará sempre livre de resíduos de óleo.

                                                       Fig.3 Compressor de membrana

Vantagens – não há contato entre o ar produzido e as partes mecânicas do compressor.
Desvantagem – Produz uma capacidade moderada em termos de vazão.

1.4 Compressores Rotativos de Parafuso.

Os compressores de parafusos são compressores rotativos com dois eixos helicoidais em sentidos opostos. Um dos rotores possui lóbulos convexos, o outro uma depressão côncava e são denominados, respectivamente, rotor macho e rotor fêmea. Eles operam conforme o princípio do deslocamento e deslocam continuamente.
Os compressores de parafusos são construídos para operar a seco para ar comprimido isento de óleo, ou no caso normal com injeção de óleo para lubrificação, vedação e resfriamento.
De acordo com o tipo de acesso ao seu interior, os compressores podem ser classificados em herméticos, semi-herméticos ou abertos. A categoria dos compressores de parafuso pode também ser sub-dividida em compressores de parafuso duplo e simples. Os compressores de parafuso podem também ser classificados de acordo com o número de estágios de compressão, com um ou dois estágios de compressão (sistemas compound).


                                                        Fig.4 Compressor de parafusos




Vantagem - Opera com deslocamento continuo, não ocorre golpes e oscilação de pressão, não apresenta válvula de entrada e saída e opera com temperatura interna relativamente baixa, requerendo baixa manutenção, permite alta rotação.
Desvantagem – O consumo de potencia é mais alto que os compressores de pistão.


3.1.5 Compressor Rotativo de Palheta

O compressor rotativo, de um eixo que opera conforme o princípio de deslocamento positivo, em um compartimento cilíndrico, com aberturas de entrada e saída, elemento rotativo, com suas lâminas deslizantes, é descentralizado com relação ao invólucro ou estojo. Quando o ar entra, fica preso entre as lâminas (que se apoiam no interior do invólucro), sendo levado então para o orifício de descarga. Neste compressor, se estreitam (diminuem) os compartimentos, à medida que as palhetas vão passando, comprimindo então o ar nos mesmos. Quando em rotação, as palhetas são, pela força centrífuga, forçadas contra a parede. Devido à excentricidade onde gira o rotor, há um aumento de área na sucção e uma diminuição na pressão.


Fig.5 Compressor palheta


Vantagens- Sua construção em bem econômica em espaço, possui fornecimento de ar continuo, livre de pulsação devido ao funcionamento continuo e equilibrado. Sua lubrificação é feita por injeção de óleo.
Desvantagem – Há perdas de compressão com o desgaste das laminas deslizantes (palhetas).

3.1.6 Compressor Rotativo de Lóbulos “Roots”

Neste compressor, o ar é transportado de um lado para o outro sem alteração de volume. A compressão do ar efetua-se pelos cantos de duas células rotativas, cujo ar é forçado a passar para o outro lado do compressor, que eventualmente estará sendo enviado para uma câmara fechada a receber a pressão.
Através de um acionamento sincronizado das células, pode-se obter uma operação sem contato entre as células rotativas e a carcaça do compressor, não sendo necessária uma lubrificação no seu interior, apenas no rolamento do eixo rotativo das células.
Os dois lóbulos são montados em eixos paralelos, e giram em sentido oposto. O ar é puxado para os espaços entre os lóbulos e o invólucro, e levado do orifício de entrada para o de saída. Engrenagens reguladoras, localizadas em um dos extremos de cada eixo paralelo, mantém a relação adequada entre os lóbulos.

Fig.6 Compressor roots

Vantagens- Este tipo de compressor é capaz de enviar enorme carga, (volume de ar), para ambientes de grande necessidade de vazão de ar, rendimento mecânico elevado. No entanto a principal vantagem destes compressores é a sua grande robustez, o que permite que rodem anos sem qualquer revisão.
Desvantagem – Tem baixa capacidade de compressão, apresentam um rendimento volumétrico muito baixo.



Compressores rotativos (resumo).

VANTAGENS
- O movimento é de rotação;
- A velocidade de rotação é alta, o que permite acoplamento direto e dimensões reduzidas;
- A fundação pode ser pequena;
- O rendimento volumétrico é alto e independente da relação de pressão do compressor;
- A ausência de válvulas, a não ser a da retenção de carga;
- O arrefecimento pode ser feito durante a compressão por meio de óleo;
- O funcionamento é silencioso.

DESVANTAGENS
- A lubrificação tem que ser eficiente;
- A contaminação do gás com óleo lubrificante, o que exige um separador de óleo na instalação;
- Desgaste apreciável por atrito entre os rotores e a carcaça;
- Fugas internas de gás.


3.2 Deslocamento Dinâmico (Turbo-Compressores) - A elevação da pressão é obtida por meio de conversão de energia cinética em energia de pressão, durante a passagem do ar através do compressor. O ar admitido é colocado em contato com impulsores (rotor laminado) dotados de alta velocidade. Este ar é acelerado, atingindo velocidades elevadas e consequentemente os impulsores transmitem energia cinética ao ar. Posteriormente, seu escoamento é retardado por meio de difusores, obrigando a uma elevação na pressão.
Podem se de dois tipos:
  • Dinâmico de fluxo radial.
  • Dinâmico de fluxo Axial

Deslocamento Dinâmico

3.2.1 Compressor Dinâmico de fluxo radial (centrifugo)

Os compressores radiais são máquinas de fluxo como os compressores axiais, nos quais a energia cinética é convertida em pressão.
O ar é acelerado a partir do centro de rotação, em direção à periferia, ou seja, é admitido pela primeira hélice (rotor dotado de lâminas dispostas radialmente), axialmente, é acelerado e expulso radialmente.
Na operação real, o ar entra no impulsor de primeiro estágio próximo ao eixo, é jogado para fora, e deixa o diâmetro extremo do impulsor em alta velocidade. O ar que deixa a primeiro impulsor entra tão no segundo, e a ação é repetida, se intensificando a pressão em cada estágio.
A relação de compressão entre os estágios é determinada pelo desenho da hélice, sua velocidade tangencial e a densidade do gás.


Fig.7.- Compressor Dinâmico de Fluxo radial

Vantagens – este compressor é empregado quando requer grandes quantidades de volume de ar comprimido, é de baixa manutenção.
Desvantagens- comparando a eficiência com o de deslocamento positivo, este e menor.


3.2.2 Compressor Dinâmico de fluxo Axial

O componente básico deste tipo de compressor é um elemento rotativo com aletas. Entre cada fileira de aletas rotativas, estão presas à camisa (carcaça) aletas de deflexão estacionárias. O movimento geral do ar é paralelo ao eixo, o que explica o termo compressor de “fluxo axial”, ou seja, o ar é expelido pelas aletas ao longo do eixo do compressor, à medida que se desloca da entrada (sucção) para a saída, há uma diminuição na área entre as aletas o que ocasiona o aumento de pressão.


                                                          Fig.8 Compressor axial.

Vantagem – fornece grandes vazões de ar e altas rotações.
Desvantagem – requer maiores cuidados com manutenção devido as grandes velocidades.



4. CONCLUSÃO

As utilizações dos compressores são inerentes à aplicação, ao ambiente de trabalho, a pressão exigida, sendo portanto questão de projeto. A eficiência esta relacionada ao correto dimensionamento da rede, a instalação, a utilização, a operação e a manutenção. Há portanto necessidade de conhecer as características de cada um e fazer um estudo de viabilidade e necessidade da planta.


Bibliografia.


COMPRESSOR. Artigo. Disponibilizado em pt.wikipedia.org, acessado em 20 de abr 2008. 18: 58.

COMPRESSORES DE AR E ACESSÓRIOS. Faculdades UNICEN. Disponibilizado em agata.ucg.br, Acessado em 17 de abr 2008. 22, 33.

SANTOS, Eduardo Silva. Comandos Hidráulicos e Pneumáticos. Apostila. Universidade Estadual Paulista – 2006. Disponibilizado em www.geocities.com, acessado em 17 de abr 2008, 22: 15.

SARKIS, Sávio Raidel Matos. Compressores para processo industrial. Apostila. Centro Federal de Educação Tecnológica- 2002.

TECNOLOGIA INDUSTRIAL PENEUMÁTICA. Apostila M1001 BR, Ago 2000.
DANTAS, Pierre Vilar, Automação de Sistemas Pneumáticos e Hidráulicos. Instituto de Dados da Amazônia – 2007.


quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Álgebra Booleana - Postulados e Teoremas.

Álgebra Booleana - Postulado e Teorema



            Postulados e Teoremas.

Toda teoria de Boole esta fundamentada em postulados, estes postulados podem ser comparados com as definições apresentadas anteriormente: adição e multiplicação lógica.
Principais postulados de Boole.
X = 0 ou X=1;
X . 0 = 0
X . 1 = X
X . X = X
X . X = 0

X + 0 = X
X + 1 = 1
X + X = X
X + X = 1


Conhecendo os Postulados podemos agora apresentar os Teoremas, que são relações fundamentais entre as variáveis de Boole. Com eles será possível simplificar as equações lógicas e manipular os circuitos lógicos.
Os principais teoremas são:
Propriedades Comutativas.
A . B = B . A
A + B = B + A
Propriedade Associativa.
A . (B . C) = (A . B) . C
A + (B + C) = (A + B) + C
Propriedade Distributiva.
A . ( B + C ) = A . B + A . C
A + ( B . C ) = (A + B) . ( A + C )
Teorema da involução – A negação da negação é a própria afirmação.
A = A
Propriedade da Redundância.
A + A . B = A
A . ( A + B ) = A
Teorema de Morgan.
Para esse teorema temos: aplicando uma operação NÃO em uma operação E, o resultado obtido é igual ao da operação OU aplicado aos complementos das variáveis de entrada. Assim:
A . B = A + B   ou,
Aplicando uma operação NÃO a uma operação OU o resultado é igual ao da operação E plicada aos complementos das variáveis de entrada.
A + B = A . B
Com essas propriedades poderemos simplificar e manipular uma grande gama de circuitos, essa simplificação lógica apresentaremos no próximo artigo de eletrônica digital.

NETO, Augusto J. Leda
augusto.leda@gmail.com

Referências Bibliográficas.

Braga, Newton C, Curso de Eletrônica Digital, Saber Eletrônica Especial, n˚ 8, 2002.
Filardi, Vitor Leão, Apostila de Eletrônica Digital.
Montebeller, Sidney José, Eletrônica II, FACENS.




terça-feira, 5 de outubro de 2021

Princípio de Funcionamento do CLP.

Controladores Lógicos Programáveis - Princípios de Funcionamento


     Os Controladores Programáveis são equipamentos eletrônicos normalmente em microprocessadores, que usam uma memória programável para armazenamento de instruções como funções lógicas, sequenciais, temporizados, contagem, intertravamento, controle PID, tem seu principio baseado em três passos.

Ciclo de varredura.

       Sendo iniciado o CLP executa a seguintes tarefas:

    Leitura do sinal de entrada e transferência para a unidade de memória interna, denominada memória imagem de entrada.
     Execução do programa - inicio da varredura do software na memória de programa, executam todas as operações programadas baseadas na memória imagem de entrada e a memória interna, os dados provenientes são utilizando a memória temporária.
     Atualização da saída, concluída a varredura, o CP transferirá os dados processados para a interface de saída.

     Os sinais dos sensores são aplicados as entradas do controlador e a cada ciclo de varredura todos esses sinais são lidos e transferidos para a unidade de memória interna denominada memória imagem de entrada. O sinal de entrada pode ser analógico ou digital. Os módulos de entrada são compostos de grupos de bits, associados num conjunto de 8 ou 16 bits, de acordo com o tipo de CPU. Esses sinais são associados ente si e as sinais internos, ao final da varredura os resultados são transferidos ao a memória imagem de saída e então aplicado aos terminais de saída.
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      Um fator muito importante para a escolha do controlador é tempo de varredura, dependendo muito da capacidade de armazenamento do programa, instruções programadas e sua resposta. Quanto mais rápido o controlador reage as instruções de entrada e resolver as instruções de campo, as lógicas de controle.


Neto, Augusto J. Leda
augusto.leda@gmail.com
Princípio de Funcionamento do CLP

Referências Bibliográficas

Automação de Processos Industriais – Módulo 3 – WEG INDUSTRIAS LTDA
Araújo, Denis Hipólito, Controladores Lógicos Programáveis, IDAAM- GF, 2007.