quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Introdução ao Planejamento e Gestão de Manutenção de Classe Mundial - Revisão de Abordagens

   
               Iniciaremos uma série de artigos que irá fazer uma revisão e abordagem sobre as tendências em Manutenção, a primeira parte é composta da introdução, revisando pensamentos de autores e justificando o tema, as referências serão citadas ao final do trabalho.

            INTRODUÇÃO

Para Souza & Lima (2003), as empresas de classe mundial competem em um ambiente globalizado, a sua sobrevivência depende da excelência dos serviços e produtos de sua competência e de padrões que garantam essa performance, isso só é possível se a área de manutenção conseguir o mesmo desempenho.
Conforme J. C. Souza (2001), as organizações implementam novas metodologias em busca da redução de custos. Manufaturas mais enxuta, sistemas de produção mais eficientes, filosofias de trabalho mais modernas são exemplos de práticas adotadas para aperfeiçoar os processos tendo em vista resultados mais positivos. 
       Ainda segundo Souza & Lima (2003), o departamento de manutenção é responsabilizado pela garantia da confiabilidade e pelo desempenho dos equipamentos, fator que garante maior produtividade e qualidade, bem como a redução dos custos. Dessa forma, a manutenção passa a ser considerada como uma função estratégica, que agrega valor ao produto.
Vaz (1998) descreve que a função manutenção é interligada diretamente com a produção, representa para empresa um alto potencial para o aumento de produtividade.
A manutenção é parte do sistema produtivo, da qual se espera o controle constante das instalações e equipamentos, bem como o conjunto de trabalho de reparo e revisões necessárias para garantir o funcionamento regular e o bom estado de conservação das instalações produtivas, serviços e instrumentação dos estabelecimentos.
Os gastos com manutenção no Brasil, segundo documento nacional bianual de manutenção da ABRAMAN (Associação Brasileira de Manutenção), mostra um custo manutenção/ faturamento bruto nos últimos anos em torno de 4%, como mostra a tabela abaixo, em 2005 representou US$ 35 bilhões. Segundo Comitti (2005), não há erro em afirmar que, aproximadamente, a metade desse valor representa desperdício. No entanto, isso não sensibiliza grande parte dos gestores para o assunto.

Tabela 1. Custo Total da Manutenção/ Faturamento Bruto (Fonte:ABRAMAN, aput NEI, 2007).
Ano
Custo Total da Manutenção/ Faturamento Bruto
2003
4,27%
2005
4,10%
2007
3,89%

A partir da constatação da relevância do tema, observa-se no novo contexto em que as empresas globais estão inseridas, que uma atenção especial é despertada para a importância de executar boas práticas de manutenção nas indústrias, parte integrante da estratégia para melhorar o desempenho do sistema produtivo.
Neste trabalho, são mostrados os tipos de manutenção utilizada nas organizações, tendo como foco a otimização e a redução de custos no sistema produtivo, combatendo as perdas de rendimento e falhas nas máquinas.
  Para isso, é realizada uma revisão bibliográfica que busca apontar as práticas adotadas nas organizações e mostrar a evolução da manutenção em busca da melhoria contínua e de uma filosofia de trabalho que reduza ao máximo a indisponibilidade dos equipamentos.
Abordou-se inicialmente nesse artigo os programas de manutenção e suas metodologias de trabalho, em seguida, uma visão geral da gestão da manutenção: seus objetivos, o planejamento para torná-la mais eficaz, suas tendências, ferramentas empregadas para obtenção de melhores resultados, uma breve abordagem de que diversos autores que discorrem sobre a metodologia TPM (Total Productive Maintenance), Manutenção Produtiva Total, também os custos provenientes da manutenção, bem como a relação com os Sistemas de Produção e com os Sistemas de Administração da Produção, por fim as considerações finais a respeito do tema abordado.


PLANEJAMENTO E GESTÃO DA MANUTENÇÃO - Parte II
Manutenção - Técnicas utilizadas nas industrias: correiva, preventiva, preditiva e autônoma.
Manutenção preventiva - Utilização de Imagens Térmicas 

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