Ferramentas Administrativas da Produção
1. Sistema Just-in-time
O sistema Just-in-time (JIT) segundo Gianesi e
Corrêa (1993), surgiu no Japão, em meados da década de 70, sendo o centro de
sua criação e desenvolvimento a Toyota Motor Company, por isso também conhecido
como o “Sistema Toyota de Produção”.
Para Leite (2006) , o JIT trabalha com um sistema de
produção “puxada”, ou seja somente se produz em cada uma das partes do processo
aquilo que foi vendido, no tempo e no momento exato. Para obter os resultados
esperados utiliza-se do sistema “
Kanban”, que tem como meta, a redução a zero o estoque, a manutenção do fluxo
continuo, assim produzindo somente a quantidade necessária e no momento
necessário, de modo a atender à demanda dos centros consumidores.
Ainda para
Leite (2006), o processo de fabricação da ao produto a qualidade adequada, a
quantidade certa, no momento oportuno e com o menor custo possível, de maneira
continuada, seguindo preceitos das técnicas do Kaisen, palavra japonesa que
quer dizer “melhoria continua”
Para se obter a produção Just-in-time emprega-se técnicas a fim de reduzir drasticamente os
tempos e recursos necessários à preparação de máquinas, de forma a tornar
econômica a produção em pequenos lotes. Os japoneses aproximaram lote econômico
do lote unitário, JUNIOR apud TINO
(2007).
O sistema JIT tem como objetivo fundamental à melhoria
contínua do processo produtivo. Em busca
dessa melhoria põem como metas a serem atingidas: zero defeito, zero
preparação, zero movimentação, zero lead time e para a manutenção reduzir a
zero a quebra de máquinas. A não confiabilidade dos equipamentos pode levar a
adoção de um estoque suficiente de peças para manter o fluxo de produção,
dispersando a meta do JIT.
“quando uma
máquina pára por problemas de manutenção, os estágios posteriores do processo
que são "alimentados" por esta máquina teriam que parar, caso não
houvesse estoque suficiente para que o fluxo de produção continuasse, até que a
máquina fosse reparada e entrasse em produção normal novamente. Nesta situação
o estoque também gera independência entre os estágios do processo produtivo”.TINO
(2007, p.08)
Outro ponto
envolvendo a manutenção é o tempo de preparação. O bom senso diz que a redução
de custos pode ser obtida na racionalização das tarefas a integração e um bom
planejamento pode resultar em condições aceitáveis para o processo.
O sistema JIT adota como técnica administrativa para a
manutenção a (TPM), para J. C. Souza (2001)
mais que um simples conceito, ela representa a mola mestra do
desenvolvimento e otimização da performance de uma indústria produtora, através
da maximização da eficiência das máquinas, com o desenvolvimento incondicional
do capital humano.
O processo exige que a manutenção acompanhe a
filosofia, aplicando seus preceitos e as técnicas mais conveniente a cada
processo, assim buscar a otimização do
sistema, uma manufatura mais enxuta com fluxo e sincronismo das atividades e empenho
de todos colaboradores.
2. MRP/MRP II ("Manufacturing Resources Planning").
Outro sistema o MRP/MRP
II ("Manufacturing Resources Planning"), gestão para os recursos da
manufatura, o planejamento é feito por software que irão integrar as
informações oriundas das estratégias da empresa e determinar os estoques
necessários, a necessidade materiais, e o planejamento da capacidade. È um
sistema que calcula necessidade de materiais para o momento certo e a
quantidade certa, recai na necessidade de equipamentos disponíveis no momento
certo para produção.
Para Tino
(2007), MRP II é um sistema hierárquico de administração da produção, em que os
planos de longo prazo de produção, agregados (que contemplam níveis globais de
produção e setores produtivos), são sucessivamente detalhados até se chegar ao
nível do planejamento de componentes e máquinas específicas.
Para haver um planejamento eficiente a empresa deve
estar dotada de um bom canal de comunicação entre o PCP (Planejamento e Controle
de Produção) e a Manutenção, a produção deve estar em sincronismo com as paradas
programadas dos equipamentos para manutenção. A não comunicação da parada de máquina,
por falha, pode levar a desestabilização do fluxo de produção, com atrasos de
entrega. A programação da produção hoje está baseada no uso dos computadores, o
sistema agora é integrado, as informações são cruzadas tornando a programação
mais eficiente, software são estruturado dando a gestão da manufatura as
informações solicitadas.
Ainda segundo Tino (2007), o MRP II parte das datas
solicitadas de entrega de pedidos e calcula as necessidades de materiais para
cumpri-las, programando as atividades da frente para trás no tempo, com o
objetivo de realizá-las sempre na data mais tarde possível. Este procedimento
torna o sistema mais suscetível a fatores como : atrasos, quebra de máquinas e
problemas de qualidade.
A quebra da máquina irá, portanto, comprometer a
programação e poderá gerar alguns entraves, como, atraso na entrega, custos
diversos, etc.
3. Optimized Production Technology (OPT)
Outro sistema de administração é Optimized Production
Technology (OPT)- (Tecnologia de Produção Otimizada) que mostra
os efeitos da incerteza na abordagem do processo como uma flutuação estatística
existente, em locais antecedentes aos gargalos ou de restrições de recursos
críticos (RRC), as incertezas como quebra de máquinas devem ser protegidas com
vistas a manter o fluxo contínuo para o
equipamento mais importante.
O OPT é uma técnica de gestão da produção,
desenvolvida pelo físico Eliyahu Goldratt, introduziu em seu livro “A Meta”, novos
conceitos da TOC (Theory of Constrains), a teoria das restrições, que vem sendo
considerada como uma interessante ferramenta de programação e planejamento da
produção, CHIARADIA (2004). Para Goldratt & Fox (2003) a principal meta em
uma organização é ganhar dinheiro, e o sistema de manufatura contribui para
isso, mantendo o fluxo do processo sempre contínuo, atuando sobre três indicadores:
Ganho, Despesas Operacionais e Estoques.
Em vista disso para a manutenção a abordagem dos
gargalos expõe a necessidade de manter os equipamentos que os representam em
perfeito funcionamento, a parada deste recurso, irá representar a parada do
sistema de produção. O gargalo determina o ritmo de fabricação, por isso, a
intervenção da manutenção trás
prejuízos, cada minuto perdido por falha desse equipamento, representa
um minuto em todo sistema produtivo, portanto esse se deve mantê-lo sempre disponível para a
produção.
As maiores críticas ao
sistema OPT são derivadas do fato de que o mesmo é um software
"proprietário", o que significa que detalhes dos algoritmos
utilizados pelo software não são tornados públicos; além do fato de que o seu
preço é considerado caro ALVES apud
TINO (2007).
Custos de Manutenção.
Manutenção Produtiva Total - MPT
Ferramentas para Gestão da Manutenção
JLN, Augusto
augusto.leda@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário